Congelamento de Óvulos
Poucas pessoas ainda conhecem que é possível preservar a fertilidade através do congelamento de óvulos.
É muito difícil pensar sobre maternidade nos dias de hoje. Primeiro porque mudamos completamente nossas vidas: temos estudos, trabalhos, projetos, somos constantemente ativas.
Segundo, pois não sabemos nosso futuro: terei um parceiro? Estarei me sentindo preparada para ser mãe? Quero ter mais de um filho? Passamos a lidar sempre com esse dilema, somado ao peso de nosso relógio biológico. Como é intenso ser mulher. Porém, junto com nossas mudanças, também foram se abrindo e se desenvolvendo novos caminhos dentro do campo da medicina reprodutiva que nos ajudam a aliviar a pressão do tempo.
Poucas pessoas ainda conhecem que é possível preservar a fertilidade através do congelamento de óvulos. Dependendo da idade da mulher na época do congelamento, as chances de gravidez no futuro são altas, principalmente nas mulheres entre 20 a 35 anos de idade com reserva ovariana normal. Se por exemplo uma mulher congela os óvulos com 25 anos de idade e usar esses óvulos aos 40 anos, suas chances de gravidez segue a idade na qual foram congelados. O que ainda falta é muita informação sobre esse assunto. É essencial que seja conhecida essa forma de preservação de fertilidade pois isso pode mudar nossas vidas em um futuro incerto e evita a frustração de descobrir tardiamente essa possibilidade. E sabidamente quanto antes for realizado, melhores as taxas de gestação, maior número de óvulos preservados e melhor a sua qualidade. Há um grupo muito especial que se beneficia consideravelmente com o congelamento de óvulos, principalmente se forem muito jovens e sem um parceiro: mulheres com diagnóstico de câncer de mama ou outros tipos de neoplasias e que irão se submeter a tratamento quimioterápico. A quimioterapia é tóxica aos ovários, reduzindo ou esgotando a reserva ovariana. Portanto, é primordial que seja realizado o congelamento antes do tratamento a fim de possibilitar uma gestação saudável quando essa mulher finalizar seu tratamento e estiver preparada para ser mãe.
Felizmente temos um caminho. Mas é importante conhecer e difundir sua existência. Isso pode nos permitir continuar sonhando com nosso futuro. Pode nos libertar da pressão do tempo. Isso pode mudar vidas.
Não se preocupe, se prepare!
Alguns passos para ajudar a conduzir de maneira mais leve esse pedaço de nossas vidas tão especial e que nos mudará para sempre.
Dúvidas frequentes
De modo geral, o auge da fertilidade feminina ocorre entre os 15 e 25 anos. Para se ter ideia, uma mulher saudável de 25 anos tem 86% de chance de engravidar dentro de um ano de tentativas. Dos 25 aos 30, este número cai para 78%. Até os 34 anos, ele atingirá 63%.
Não há estudos científicos que mostrem medicações que rejuvenescem os ovários. O segredo é a idade, claramente comprovada como o maior vilão sobre a quantidade e qualidade dos óvulos. Porém, vale sempre ressaltar que hábitos de vida saudáveis, como atividade física, cuidados com o peso e alimentação balanceada, são essenciais para o bem-estar e o equilíbrio físico e emocional, fundamentais para as futuras mamães.
Ter um filho é uma realização, para muitos casais. Ter o bebê do sexo esperado é uma realização ainda maior. O que fazer, então, para conseguir realizar esse desejo?
Infelizmente os casais que desejam escolher o sexo do bebê só podem contar com opções naturais, pois não há outra forma de poder escolher o sexo do bebê. Nem os casais que se submetem aos tratamentos de reprodução assistida para gerar o embrião podem fazer essa escolha.
Na Resolução CFM nº 2.168/2017, o Conselho Federal determina que “as técnicas de RA não podem ser aplicadas com a intenção de selecionar o sexo (presença ou ausência de cromossomo Y) ou qualquer outra característica biológica do futuro filho, exceto para evitar doenças no possível descendente”.
Há patologias que estão relacionadas ao gênero da pessoa e são graves. Para evitar que a criança seja uma portadora, é permitido, então, escolher o sexo do bebê. Nesse caso é preciso realizar uma fertilização in vitro (FIV) para que seja possível escolher o sexo do bebê. É feita uma biopsia nos embriões e posteriormente realizado o exame de sexagem fetal. Somente depois dessa verificação é que ocorre o exame para a seleção dos embriões do sexo ao qual a doença não está associada.
Não, mas é fundamental ter ciência das limitações do método. A chance de sucesso do tratamento com óvulos próprios é muito dependente da idade da mulher e de sua reserva ovariana.