Doação de Óvulos
A doação e recepção de óvulos é um tratamento que ajuda muitos casais a terem um filho.
Existem, de um lado, mulheres que tem dificuldade para engravidar, porém tem uma boa reserva ovariana e produzem muitos óvulos durante o tratamento. Por outro lado, exitem mulheres que desejam muito engravidar, mas, por motivos variados, não produzem mais óvulos.
A doação compartilhada de óvulos é a situação que, por intermédio de uma clínica de reprodução, mulheres nas duas situações podem se ajudar, compartilhando tanto do material biológico (óvulos) quanto dos custos do tratamento. Esta é uma tarefa delicada, pois a doação não pode ter caráter lucrativo ou comercial.
No final de 2017, o Conselho Federal de Medicina reconhecendo a questão da hegemonia de gêneros passou a permitir que as mulheres, assim como os homens, possam doar voluntariamente seus gametas. Assim, mulheres que desejam ajudar outras mulheres em dificuldade, tem o direito garantido à doação de óvulos. Este é um ato de carinho e altruísmo, em que a ajuda ao próximo é a motivação principal.
A clínica de reprodução tem uma grande responsabilidade sobre o tratamento, pois deve parear mulheres semelhantes, mas sempre mantendo o anonimato das partes. Outra tarefa importante, é o esforço para que a família que doa o material resida distante da família que o receba. A clínica também é responsável pelo controle de qualidade em todas as fases do tratamento, buscando sempre a idoneidade de todas as informações utilizadas.
Quem pode doar óvulos?
Mulheres jovens, que não apresentem doenças contagiosas ou genéticas. É necessário passar por uma entrevista e o tratamento é liberado assim que o pareamento seja feito e haja uma família para receber os óvulos.
Porque utilizar óvulos doados?
Este tratamento é recomendado para aumentar a chance de gravidez em mulheres que tem uma baixa chance com seus óvulos ou quando não se deseja utilizar os óvulos próprios, como por exemplo, quando a mulher tem uma doença genética que não deseja transmitir para seus filhos.
A criança terá quais características genéticas?
As características genéticas da criança gerada será fruto da mistura das características da mulher que doou óvulos e do homem que produziu o sêmen. No entanto, é feita uma seleção de doadoras para que as características da doadora sejam parecidas com as da receptora. A receptora tem acesso às características de possíveis doadoras e é livre para aceitar ou declinar qualquer doadora pré-selecionada pelo seu médico.
É possível ver fotos de criança da doadora?
O anonimato é parte essencial do processo e, por este motivo, não é fornecido nenhum material que possa identificar a doadora, como fotografias da infância.
Não se preocupe, se prepare!
Alguns passos para ajudar a conduzir de maneira mais leve esse pedaço de nossas vidas tão especial e que nos mudará para sempre.
Dúvidas frequentes
De modo geral, o auge da fertilidade feminina ocorre entre os 15 e 25 anos. Para se ter ideia, uma mulher saudável de 25 anos tem 86% de chance de engravidar dentro de um ano de tentativas. Dos 25 aos 30, este número cai para 78%. Até os 34 anos, ele atingirá 63%.
Não há estudos científicos que mostrem medicações que rejuvenescem os ovários. O segredo é a idade, claramente comprovada como o maior vilão sobre a quantidade e qualidade dos óvulos. Porém, vale sempre ressaltar que hábitos de vida saudáveis, como atividade física, cuidados com o peso e alimentação balanceada, são essenciais para o bem-estar e o equilíbrio físico e emocional, fundamentais para as futuras mamães.
Ter um filho é uma realização, para muitos casais. Ter o bebê do sexo esperado é uma realização ainda maior. O que fazer, então, para conseguir realizar esse desejo?
Infelizmente os casais que desejam escolher o sexo do bebê só podem contar com opções naturais, pois não há outra forma de poder escolher o sexo do bebê. Nem os casais que se submetem aos tratamentos de reprodução assistida para gerar o embrião podem fazer essa escolha.
Na Resolução CFM nº 2.168/2017, o Conselho Federal determina que “as técnicas de RA não podem ser aplicadas com a intenção de selecionar o sexo (presença ou ausência de cromossomo Y) ou qualquer outra característica biológica do futuro filho, exceto para evitar doenças no possível descendente”.
Há patologias que estão relacionadas ao gênero da pessoa e são graves. Para evitar que a criança seja uma portadora, é permitido, então, escolher o sexo do bebê. Nesse caso é preciso realizar uma fertilização in vitro (FIV) para que seja possível escolher o sexo do bebê. É feita uma biopsia nos embriões e posteriormente realizado o exame de sexagem fetal. Somente depois dessa verificação é que ocorre o exame para a seleção dos embriões do sexo ao qual a doença não está associada.
Não, mas é fundamental ter ciência das limitações do método. A chance de sucesso do tratamento com óvulos próprios é muito dependente da idade da mulher e de sua reserva ovariana.